Que faço eu?
Há tantos anos que ando nesta confusão na minha vida e juro que nã me entendo.
Precisava mesmo de uma psicóloga que me ajudasse, mas por azar já a ando a encontrar em tantos lados, se lhe conto tudo da minha... nem eu sei se consigo.
Isto tudo fez me sentir que amo o meu marido. Sempre pensei que não sentia desejo por ele e na realidade, aquele tesão mesmo, não sinto, mas sentir que ele podia nunca mais conseguir ter nada comigo, custava me tanto e na altura que percebi que afinal a coisa ainda continuava a funcionar, foi uma alegria tão grande para mim. E desejei o tanto, desejei tanto tê lo, ter o corpo daquele homem que eu amo tanto tanto para mim, vir me com ele. Foi das coisas mais maravilhosas que me aconteceu nestes últimos tempos. Fiz mesmo amor com ele.
Só que, parece que é destino, aparece me este, sozinho, que sabe o que quer, que sabe falar comigo, que o sinto esperto, que, até agora tem sabido ser um homem comigo... Tirou me logo um bocado desta tristeza. Mas ao mesmo tempo, sei que falta qualquer coisa com ele. Mas preciso da companhia dele, de poder falar com ele, preciso do que ele me faz sentir. Parece uma droga.
E ele vai me pressionando muito para ir tomar café com ele, e eu luto luto para não ceder, até que se calhar se fosse iria reforçar a ideia que falta ali algo.
E cada vez me apetece beber mais porque se o evito parece que tenho que buscar algo e só beber me faz sair desta tristeza.
Será que tenho depressão?
Só sei que não entendo nada de nada de mim. Só sei que procuro tudo para não ir trabalhar para aquela loja.
Que faço eu da minha vida?
Parece que para conseguir viver nesta vida preciso de falar com o outro...
Porque se não falo bebo, e beber dá me aquele prazer, mas não consigo muito mais.